terça-feira, 5 de novembro de 2013

Meu mundo imperfeito

Virei fã de Elizabeth Gilbert assim que li Comer, Rezar e Amar. Tanto que não hesitei em clicar "curtir" em sua página do Facebook, apesar de achar que esse negócio de seguir celebridades é uma das maiores babaquices do universo. Recentemente Liz Gilbert postou uma coisa em sua página que me tocou profundamente. É um texto que fala do amor incondicional da escritora Courtney A. Walsh.

O texto dela é uma cartinha endereçada a nós humanos que nos estimula a esquecer essa coisa de amor incondicional porque o que a gente precisa mesmo é de amor pessoal, amor universal que é suficiente e dispensa complementos. Ainda segundo ela, a beleza desse amor está extamente em ser bagunçado, imperfeito, cheio de tentativas, erros e acertos. E ela não tem toda razão?

Eu vou ainda mais além. Não é só no amor que a gente precisa aprender a abraçar as imperfeições e sim em todos os aspectos de nossa experiência humana. Isso não é uma apologia aos maus hábitos e aos defeitos que nos paralisam e impedem de crescer como seres humanos. É só que faz bem tentar ser mais normal e menos perfeitinho. É bom ser um ser humano mais completo, cheio de qualidades e defeitos.

É uma pena que hoje em dia muita gente ache que a vida tenha de ser levada como se vivessem em um mundo de faz de contas. Num lugar onde tudo na vida só pode ser bonito, chique, elegante e digno de ser fotografado pra depois ser compartilhado em redes sociais, não há espaço pra entrar em contato com nossa imperfeição. E no final das contas ela é uma grande mestra nas nossas vidas. Se a gente não consegue assumir as próprias imperfeições qual seria a alternativa? Tentar ser super humano? Infalível? Deus? É muito pesado!
"Ninguém é perfeito". Acho que a gente não reflete realmente sobre o que isso significa quando repete essa frase por aí. Mas ela é um lembrete importante. Se ninguém é perfeito, porque que a gente tem mania de ficar querendo que o outro seja? Por que a gente tem tanto medo das nossas imperfeições? Hoje estou chata e bateu a preguiça de escrever mais. Mas minha chatice e preguiça são bem vindas. Elas são parte de mim e portanto, bem aceitas também.
P.S. Essa música do Pato Fu é a perfeita trilha pra isso aqui. A qualidade do video está bem imperfeita, igual ao post. 
 
Video de Rafael Amorim

Mas pra quem tem o defeito de não aceitar bem o imperfeito, aqui neste link dá pra ouvir a música direitinho e ainda acompanhar a letra.